A cantora Paula Santisteban habita um lugar único na música brasileira desta década, onde o refinamento e a delicadeza musical encontram uma sensibilidade quente e táctil, que nega a falsa perfeição de recursos artificiais para reforçar sua natureza orgânica, cálida e vital.
Nascida em uma família de artistas, ela carrega a música em sua genética. Paula canta a vida que conhece e reconhece, traduzida sem retoques, em busca da essência de uma beleza que muitos julgam perdida, mas que reside em cada um de nós. Com uma voz comedida e carregada de sentimentos e experiência, ela vem cercada de uma banda base (Eric Budney no baixo, Daniel de Paula na bateria, Roberto Pollo nos teclados e a guitarra de Eduardo Bologna, diretor musical do disco) e adorna suas próprias composições com cordas marcantes, madeiras sóbrias e metais nobres arranjados por Ed Côrtes.
O seu álbum de estreia é também a última produção em vida do “mítico” Carlos Eduardo Miranda, falecido em março de 2018. “O processo todo foi profundo e simples”, explicou o produtor em entrevista para o making of das gravações do disco, “A cada estímulo que dava, a resposta ia além da esperada, para chegar no mais simples, no mais sutil, no mais espaçoso, no mais livre – como a melhor música deve ser”. Miranda ressaltou ainda um aspecto fundamental, “A Paula está cantando pura e simplesmente com a alma, ela não está interpretando nada, ela não é uma cantora intérprete, é uma cantora de pura expressão”.
O disco de Paula Santisteban traz um alento quente e acolhedor no meio de um século sufocante e hiperconectado, em que o contato humano torna-se um produto e o olho no olho parece ultrapassado. Paula vem contra esta corrente, reforçando que só precisamos de nós mesmos para conseguirmos o que queremos. Seu disco é a prova disso – e ela mostra isso em seu cantar.
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